É FEITO POLÍCIA: QUANDO TÁ PERTO INCOMODA, QUANTO TÁ LONGE FAZ FALTA

Quem num conhece essa frase?
Não conheces? Entao tá.
E a famosa mulher que representa a justiça; aquela que tem o poder de enxergar no escuro mesmo sendo cega e que carrega uma balança e que todo mundo parece ficar encantado com esse poder; essa reconheces de cara, né? Ainda bem! Mas a balança, aquela que pouco falam e que tem muita importância nas nossas vidas, deveria ser melhor observada.
Sigam-me os bons…  
A polícia parece que sempre nos apresentaram como uma instituição com mais defeitos do que virtudes. Será que é assim? Pelo menos é essa ideia que a muito tempo uma parte da grande mídia tenta passar e as vezes nos deparamos com situações que ratificam isso, sejamos justos.
Quem num já se deparou numa blitz e foi constrangido por um mau policial? Eu já. E se pararmos pra pensar havia lá uns seis, oito policiais e que neste grupo apenas um ou dois é que pareciam exaltados, impacientes e trabalhando fora dos padrões de autoridade, assim cometendo abusos. Pois é, a maioria dos que estavam lá faziam seu papel de forma correta, mas aquilo que não nos agrada e nos agride, marca, chama mais a atenção e gravamos com mais facilidade vida a fora, assim é o ser humano, todos. E quando nos é mostrado casos mais extremos, comprovados pela justiça, de verdadeiros abusos de autoridade por parte da polícia e de crimes bábaros que alguns maus policiais cometeram, aí a coisa pega feio, fica então a pior imagem possível das instituições policiais.
Durante muitos anos a sociedade brasileira foi vítima de abusos absurdos cometidos por alguns maus policiais; a impunidade quanto eles reinava. Lembro-me que um mau policial ser punido devidamente por um crime que cometera era a coisa mais difícil de acontecer, principalmente se sua vítima inocente fosse um cidadão pobre, aliás era essa classe social mais atingida por desmandos desse mau profissional. Era e ainda é.
Tá, e a balança que eu falei antes que tem a ver com tudo isso?
Com o tempo, e demorou por demais, diga-se de passagem, as coisas foram mudando, mudando… e hoje está se criando um ambiente de inibição do trabalho policial.
Em conversas com esses profissionais e nas redes sociais vemos depoimentos indignados desses profissionais reclamando que seu trabalho tem sido em vão, eles prendem, a justiça solta… a justiça solta… eles tem de prender de novo quem já prenderam e deveriam estar presos e tá um ciclo vicioso isso.
Os juízes cumprem o que a lei determina – Mudem-se as leis.
Todo esse ambiente que vivemos hoje de insegurança passa por muitas variáveis já conhecidas de todos, como exemplos: a falta de políticas públicas pra termos educação de qualidade, saúde, lazer, oportunidades de trabalho, segurança pública eficiente…
Um Estado que só se apresenta pras camadas mais sofridas da sociedade na forma de polícia e esquece de promover o bem social só podia dar nesse caos. Aí sobra pra quem manter a ordem social? Pra polícia, claro. É pra se lascar, meu filho (a)!
E a polícia está precisando de ajuda, pois não tem a atenção devida por parte dos governantes. A falta de estrutura das polícias, falta  de condição de trabalho, falta de treinamento adequado às novas realidades e necessidades do guerreiro, salários incompatíveis com a importância da profissão, necessidade de mudanças adequandas nas leis penais que hoje favorecem e muito aqueles que fazem perversidades contra o povo, entre tantas. Infelizmente pra piorar as coisas ainda tem maus policiais no meio da corporação estragando o trabalho dos bons (a maioria).
A balança, essa é a questão maior!
Antes pendia pro lado do policial (polícia), facilitando os demandos e abusos dos maus. Com o tempo, na busca por justiça, foi se inclinando mais uma vez pra um único lado, o lado do meliante que é visto nessa inversão de valores como vítimas da sociedade. Sociedade esta formada pela massa trabalhadora e sofrida desse país. Essa forma de   “justiça” tomou ares de vingança social. Esse tipo de desequilíbrio na balança da justiça, tanto pra um lado quanto para o outro, é sempre praticado por políticos adeptos a políticas de ideologias extremistas.
Parece não haver interesse de nossa classe política, há exceções, em resolver essa problemática, pelo contrário, existe nesses tempos a vontade premeditada de muitos em promover ainda mais essa vingança social e todos os meios são usados pra isso. Parte da grande mídia é a arma mais usada pra atingir o objetivo de desacreditar as instituições policiais perante o povo, principalmente a PM que faz o trabalho ostensivo nas ruas.
Uma infelicidade foi o que aconteceu esta semana no programa de TV da rede Globo, nesses últimos dias, o agora ainda mais comentado Programa da Fátima Bernardes, grande jornalista e apresentadora, uma polêmica em um de seus quadros onde os participantes tinham que escolher entre salvar um policial ou um traficante, os dois feridos. Frisou-se que o policial tinha ferimentos leves e o traficante estava gravemente ferido (a maioria dos participantes escolheram o “traficante”), mesmo assim o público entendeu que houve uma certa malícia por parte do programa contra os policiais. A ideia pegou mal e nas redes sociais esta semana a indignação tomou conta do país como deveria de ser, chegando alguns a sugerir deixar de comprar qualquer produto de empresas que patrocinem este program de TV e a sua apresentadora. Boa!
Ela já procurou se retratar ou se explicar. Melhor assim, parabéns pra ela.
A balança da justiça deve procurar sempre ficar equilibrada e que haja leis que protejam os cidadãos de bem, os bons policiais e que punam de maneira acertada e satisfatória aqueles que infrinjam as leis, qualquer um, dando-lhes chances de recomeçar a viver no lado do bem, assim eles façam essa escolha.
A Segurança Pública pede socorro.
Que a polícia continue incomodando, pois a falta dela seria muito grave pra todos  nós.
O povo já mostrou que prefere salvar seus policiais.
 

PENSADOR.

AGEPEN-PB

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