Agente de Segurança Penitenciária: Profissão de Risco

A insalubridade é caracterizada quando colaborador fica em contato com agentes nocivos à saúde durante a sua jornada, seja pela natureza, intensidade ou tempo de exposição acima dos limites tolerados.

Existe uma norma elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a Norma Regulamentadora nº 15 – atividades e operações insalubres, que determina quais são os agentes nocivos e os respectivos grau de tolerância. Os mais comuns são os ruídos, as radiações ionizantes e os agentes químicos e biológicos.

Então com base nas condições de trabalho e das unidades prisionais da PB, o Agente de Segurança Penitenciária quando está exercendo sua atividade de acompanhamento de presos encaminhados ao trabalho ou à escola, à enfermaria, à educação física ou ao fórum, revista de celas, recolhimento de roupas de cama e limpeza de locais reservados às visitas íntimas dos presss, com sangue, preservativos e dejetos orgânicos, medicações fornecidas aos presos deixados por familiares ou mesmo fornecido pelos serviços de saúde Municipal, Estadual e Federal, estamos sujeitos diretamente ao risco de contaminação por doenças de vários tipos e graus como: micoses, escabioses, parasitoses, infecções bacterianas, tuberculose, outras doenças pulmonares, hepatite, meningite e AIDS. Também corremos um alto risco quando escoltamos presos ou os custodiamos nos hospitais, além de tudo como se nossa atividade por só já não fosse tão arriscada, a SEAP não nos fornece equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados para nossas necessidades, disponibilizando apenas em alguns poucos casos luvas de procedimentos na hora da revista que não são suficientes para reduzir o risco biológico.

Nosso maior exemplo desse descaso, são as custodias em hospitais de infecto-contagiosos do tipo do Complexo Hospitalar Clementino Fraga” estendendo-se o atendimento à pneumologia sanitária e dermatologia sanitária, concomitantemente o SAE- Serviço de Atendimento Especializado, que é mantido pela Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba, onde se quer recebemos máscaras para escoltar ou custodiar presos com seu estado clinico de enfermidade avançado ou mesmo presos em fase terminal.

Lamentável.

 

Preservada a autoria.

 

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